Depois do Breveti Tipo 2, que foi construído entre 1908 e 1912, a Fiat tentou fazer um veículo novo e melhorado: o 12-15 HP/Zero.
A Fiat já começou a quebrar o gelo na indústria automotiva, e sua direção entendeu que a chave do sucesso é a padronização. A Ford já provou isso nos EUA com o Modelo T. Mas a Fiat não queria apenas mais um veículo. Empregou Giovanni Battista Farina para ajudá-los na construção da carroceria. Mais tarde, Battista incorporou o nome “Pinin” em sua oficina e se tornou Pininfarina. A montadora conseguiu construir mais de 2.000 unidades do Fiat Zero, também conhecido como 12-15 HP. Esses números estavam relacionados ao sistema tributário, não à potência real do motor.
Enquanto o Brevetti estava disponível em mais versões de ônibus, o Zero apresentava apenas um: um tourer aberto. O compartimento do motor era uma construção de cinco painéis com bordas arredondadas. Nas laterais, entre as portas dianteiras e as cavas das rodas, a montadora instalou as rodas sobressalentes em ambos os lados. O carro apresentava quatro portas para facilitar a entrada e saída. Seu tampo de pano era completamente removível e podia ser deixado na garagem ou apenas recolhido e guardado atrás dos bancos traseiros.
Por se tratar de um veículo conversível, a Fiat considerou equipar o carro com bancos de couro, tanto dianteiros quanto traseiros. Seu painel de instrumentos era muito semelhante ao montado em seu antecessor, o Brevetti, com volante de quatro raios e painel de instrumentos montado no centro.
A Fiat ofereceu o Zero com um pequeno motor de 1,9 litro. Ele foi emparelhado como padrão com uma caixa manual de quatro velocidades e enviou sua força para as rodas traseiras por meio de uma corrente.