O Argenta (prata em italiano) foi o último sedã familiar grande construído pela Fiat em uma plataforma de tração traseira, e não era um carro completamente novo.
A direção da Fiat teve a ideia de usar a plataforma mais antiga do Fiat 132 para oferecer algo “novo” no mercado. Enquanto o 132 foi lançado em 1972 e passou por duas reformulações em sua carreira, o Argenta teve que ser o que o 132 nunca conseguiu. Infelizmente, o Argenta chegou tarde demais para a festa, e a mudança nas preferências de estilo fez com que os clientes procurassem em outro lugar.
É estranho ver uma montadora italiana perder as apostas contra o estilo quando três dos maiores estúdios de design de carros estavam na Itália. A maioria dos painéis da carroceria foi alterada, mas isso não melhorou a aparência geral do carro, que ainda era projetado no final dos anos 60. Os faróis quadrados e os pára-choques plásticos maiores foram a principal diferença, o que poderia diferenciar o 132 do Argenta.
O estilo interior foi uma história diferente. Para isso, a montadora italiana apertou a imaginação do designer, que criou uma cabine de boa aparência. O painel de instrumentos era moderno, com mostradores semicirculares para o velocímetro e hodômetro. Ele ainda apresentava uma pilha central onde o fabricante instalou os controles HVAC e as aberturas centrais.
Sob o capô, a Fiat prometia um motor Lampredi, que deveria oferecer o caráter esportivo de um veículo. Mas a transmissão e a suspensão eram muito fracas para o que esse motor podia oferecer. Mais tarde, uma versão sobrecarregada foi adicionada à lista. Para o Argenta, a Fiat também ofereceu uma versão a diesel, usando um motor herdado de um utilitário leve.