Havia algo no Jaguar que ninguém conseguia aceitar: seu visual elegante e a sensação requintada de um carro britânico, feito para o motorista e também para os passageiros.
E havia o XJR.
A maioria dos carros britânicos estava envolvida em corridas, pelo menos a maioria daqueles que andam sobre quatro rodas, não aqueles carrinhos de mão com um teto que tombou mais facilmente do que uma criança no primeiro dia de caminhada. Quando a Jaguar era vencedora de corridas e construía veículos de luxo, outras montadoras premium nem existiam.
Concebido como um veículo de luxo e lançado em 1994 no Salão Automóvel de Paris, a segunda geração do XJ – X300 foi apreciada pelas suas linhas. Ao contrário de outros sedãs do mercado, ele apresentava uma altura total baixa e uma tampa do porta-malas inclinada. Na dianteira, os quatro faróis redondos e a grade cromada pareciam mais esportivos do que outros carros esportivos do mercado, mas com um toque de elegância. Ao contrário de suas versões não R, o XJR apresentava uma grade de malha em vez da clássica com ripas verticais.
No interior, havia menos espaço para a cabeça do que em um Fiat Panda. Os bancos baixos faziam os ocupantes se sentirem como se estivessem em um carro esportivo. Isso era uma contradição entre os acabamentos de madeira no painel, os bancos de couro e a caixa de câmbio manual. O XJR apresentava algumas pistas para dizer ao motorista que era mais do que um veículo de luxo.
A Jaguar instalou um motor de seis cilindros em linha sob o capô. Era o mesmo motor de 4,0 litros das outras versões, mas, desta vez, auxiliado por um supercharger. Como resultado, o luxuoso veículo foi capaz de acompanhar outros veículos esportivos daquela época e ainda conseguir causar uma boa impressão quando apareceu em frente ao Palácio de Buckingham.