Quando a Renault decidiu mudar as placas de números para nomes, o 21 foi substituído pelo Laguna, que marcou um novo começo para o veículo de médio porte da marca francesa.
Ao contrário de seu antecessor, que foi oferecido em três formas de carroceria, o Laguna estava disponível apenas como um hatchback e uma perua chamada Estate. O 21 foi projetado no início dos anos 80 e sua forma de cunha já era obsoleta. Sua tecnologia também estava desatualizada, então a montadora começou do zero com o novo modelo.
Patrick LeQuement foi o designer-chefe da Renault e imaginou o Laguna na tendência do biodesign, que os clientes ainda apreciavam. Ele fez a Laguna Estate para famílias com crianças, que precisavam de um grande baú na traseira para bicicletas e malas para viagens longas. O pilar C inclinado para a frente era uma sugestão de design que se opunha ao estilo alemão, que favorecia os pilares verticais (como os do Opel Vectra e do Ford Mondeo). Sua grande porta traseira era ladeada nas laterais por lanternas traseiras verticais, montadas alguns centímetros acima do para-choque traseiro para mantê-los protegidos de pequenos solavancos nos estacionamentos.
Por dentro, o carro parecia moderno para a época. Seu painel de instrumentos era arredondado e apresentava um velocímetro montado no centro, ladeado pelo tacômetro à esquerda e pelos medidores de combustível e temperatura à direita. Como a Toyota, a Renault optou por colocar os mostradores de controle climático acima do toca-fitas do rádio. Os bancos dianteiros ofereceram pouco reforço, enquanto na parte de trás, a montadora optou por um banco traseiro rebatível. Isso expandiu o tamanho do porta-malas de 520 litros (18,4 pés cúbicos) para 1.782 litros (63 pés cúbicos).
Sob o capô, a Renault instalou uma escolha de cinco motores variando entre 95 cv e 140 cv.