A Lancia substituiu a linha Lambda por dois modelos: o Astura e o Artena.
Enquanto o último foi concebido como um veículo de produção em massa, o primeiro era mais exclusivo.
A primeira grande crise econômica mundial do século ainda não havia começado, e a florescente indústria italiana abriu espaço para empresários mais ricos. A Lancia estava prestes a melhorar sua linha e apresentou o Astura como um sedã executivo com um motor potente.
A Lancia vendeu o Astura como veículo completo ou como chassis simples, para ser completado por carroçarias independentes. O sedã de quatro portas era luxuoso e apresentava portas dianteiras com dobradiças traseiras e outras regulares para os passageiros traseiros. Como a maioria dos carros italianos construídos naquela época, o posto de direção ficava do lado direito do carro para que o motorista pudesse ver melhor a beira da estrada. Um detalhe específico sobre o Astura foi o radiador levemente inclinado, construído para melhorar sua aerodinâmica.
No interior, havia espaço para cinco adultos com bastante espaço para as pernas e cabeça graças à estufa alta do carro. O painel de instrumentos apresentava mostradores montados no centro para velocidade, rotações, pressão do óleo, amperímetro, temperatura do líquido de arrefecimento, relógio e nível de combustível. Na forma de carroceria conversível Pininfarina, o Astura ainda apresentava a mesma distância entre eixos do sedã, resultando em uma verdadeira capota de pano de quatro lugares.
Sob o capô, a Lancia instalou um motor V-8 com apenas 17 graus entre os bancos de cilindros. Foi um conceito desenvolvido pela montadora italiana desde a Primeira Guerra Mundial e provou ser uma boa ideia. A caixa de quatro velocidades não era sincronizada, mas o carro apresentava amortecedores traseiros ajustáveis por meio de um botão giratório sob o painel. Isso era algo incomum para carros de luxo daquela época.